Nesta terça-feira (16), os parlamentares se reuniram para debater o texto que será submetido ao Governador Tarcísio de Freitas sobre a PLC 75/2023, que trata do reajuste das forças de segurança. A previsão é que haja uma votação na Casa ainda nesta semana. O SIPESP foi representado na ocasião pelo diretor Joraci de Campos.

De acordo com o diretor do SIPESP, o único que não foi a favor do texto foi o Deputado Delegado Olim. “Infelizmente não podemos contar com ele. Mas a maioria está ao nosso lado”, contou.

Entre os deputados, ficou muito latente a incongruência do projeto do Governo no que cerne a diferenciação entre as categorias e a exclusão de algumas categorias, que foram deixadas de lado pelo PLC 75/2023.

A reunião abordou a necessidade de uma nova análise. “Não pode um estado como São Paulo, segundo maior orçamento da federação, perdendo apenas para a união, ter um salário que é um dos piores do Brasil, como dos policiais Civis e Militares”, disse o deputado Dr Jorge “É por essas razões que somos favoráveis”.

“Nós protocolamos o documento, que já deve ter chegado nas mãos do Governador. O documento, assinado pelos sindicatos, pede 25% de aumento linear para não fazer diferenciação salarial entre as categorias. Na próxima semana queremos votar no projeto negociando com o governador. Quem está na base, quem carrega o dia a dia da segurança pública são os policiais de base”, disse. “Esses é que estão sofrendo de fato. Por isso queremos fazer essa audiência pública com o governo presente para, aí sim, deliberar sobre o projeto”.

Para o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto, que estará na Casa Legislativa na quarta-feira (17) para acompanhar de perto a questão do reajuste, existe sim a possibilidade de que o reajuste aconteça, especialmente para os operacionais. “O Governo pode ser mais justo com a nossa categoria. Estamos sendo desconsiderados já há muitas gestões e nós, como Sindicato, temos ressaltado isso ano a ano. Dessa vez, dado o voto de confiança que a PCSP deu a este Governo, esperamos que o governador ouça os nossos pleitos”, disse.

Os representantes sindicais não puderam participar ativamente da reunião, mas todos ficaram na sala ao lado aguardando alguma decisão. “A luta está sendo difícil e, por isso, precisamos que todas as categorias estejam unidas nesse momento”, finalizou Rebouças.

O tema volta à pauta da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta quarta, 17, em uma nova reunião desses colegiados agendada para às 11h.