Insatisfação na Polícia Civil: reajustes desiguais e falta de valorização reflete problemas na gestão do governo paulista

SIPESP integra, junto com demais entidades, força em busca de tratamento igualitário e reforço de direitos adquiridos.

No cenário da segurança pública paulista, o descontentamento entre os policiais civis se intensifica após a falta de recomposição inflacionária anual em seus holerites e a diferenciação no único reajuste concedido pelo governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) em 2023. O reajuste, que visou a Polícia Militar (PM), beneficiou seus membros com acréscimos salariais superiores, gerando um ambiente de descontentamento entre os policiais civis.

O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (SIPESP) tem sido uma voz ativa na luta por justiça e equidade para a categoria. Segundo representantes do SIPESP, a ausência de recomposição inflacionária nos salários dos policiais civis e a disparidade no reajuste concedido são fontes significativas de frustração. “Estamos em um momento crítico, e é inaceitável que a falta de recomposição inflacionária e a diferença nos reajustes alimentem um sentimento de desigualdade entre as corporações”, afirma o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.

Além da questão salarial, o atual modelo de progressão na carreira da Polícia Civil tem sido alvo de críticas. Muitos policiais civis sentem que a estrutura atual não reconhece adequadamente suas competências e esforços. A promessa de valorização da Polícia Civil, feita durante a campanha eleitoral, não foi concretizada, exacerbando ainda mais o descontentamento.

O SIPESP está ativamente engajado na cobrança da recomposição inflacionária e na busca por uma revisão do modelo de progressão na carreira. “Estamos exigindo uma correção imediata e a implementação de medidas que garantam uma progressão justa e transparente na carreira. Nossa luta é por uma valorização real e não apenas promessas vazias”, destaca Rebouças.

Os policiais civis aguardam respostas do governo e esperam que as reivindicações sejam atendidas para que possam retomar a confiança na administração pública e continuar a desempenhar suas funções com a motivação e dignidade que a profissão merece.