O diretor Cecílio Ferreira Vilela conta como pretende fazer com que a grande parcela de investigadores aposentados desfrutem de melhor qualidade e do gozo de direitos essenciais.

O departamento de aposentados e pensionistas do SIPESP está com uma proposta totalmente diferenciada em sua nova gestão, que visa, além de identificar as necessidades de investigadores aposentados e de pensionistas, a maior integração entre eles.

Responsável por esses novos ares, o diretor do departamento, Cecílio Ferreira Vilela, que está aposentado há mais de dez anos, relembra a época em que atuava como investigador. “Eu entrei em 1971 no DEGRAN – novo DECAT – e, quando eu entrei, não conhecia nada de polícia, então nós fazíamos um estágio durante três meses, depois havia uma avaliação na delegacia que você trabalhava. Hoje não sei como funciona, mas era assim”, lembra. “Na época a polícia era melhor, tinha um poder de polícia e tinha o respeito com as pessoas”.

As lembranças da polícia civil são vívidas na memória de Vilela, que falou como era o tratamento dado aos aposentados em sua época. “Eu lembro de quando eu estava na ativa e via colegas aposentados que visitavam a delegacia serem totalmente ignorados. Diziam: ‘Ah, é ex-polícia’. Ex-policial, não; ex-policial é quando você é expulso. Na sua carteirinha de aposentado não está escrito ex-policial”, lamenta.

Apesar de o passado ter sido nebuloso para muitos aposentados, o diretor conta como tem sido sua realidade atualmente. “Hoje, desde que fui até a delegacia como aposentado, fui muito bem recebido. Saí muito satisfeito! Antigamente era pior, mas hoje houve uma mudança e os amigos tem que ser cultivados”.

Envelhecimento da Polícia Civil

Com a tendência de envelhecimento da população brasileira que, nos últimos 7 anos ganhou 4,8 milhões de idosos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo IBGE, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Entre os policiais, a realidade não é diferente.

Nos últimos dez anos, houve uma explosão de 800% nos pedidos de aposentadoria; só em 2016, cerca de 48% dos policiais (1.010) estavam próximos da aposentadoria; apenas 680 estavam no início da carreira.

Devido à alta no número de aposentados, a aposentadoria dos policiais exige um estudo detalhado de cada caso para que seja possível garantir o melhor benefício. Para que isso aconteça, a análise da legislação específica aplicável a cada caso e o planejamento adequado podem fazer toda a diferença. Para isso, tanto o departamento de aposentados e pensionistas quanto o jurídico do Sindicato ficam à disposição para esclarecer as dúvidas de quem pretende se aposentar em breve.

Além de questões previdenciárias

A fim de promover o entrosamento e o relacionamento cultural e social entre os associados, o projeto direcionado para os aposentados e pensionistas nesta gestão promete elevar o patamar do departamento.

“Vamos fazer esse departamento funcionar. Estou com a intenção de fazer muito mais pelos aposentados e pelas pensionistas, que estão abandonados. Às vezes, eles precisam de uma amizade, apenas. Sentar no sofá ficar vendo televisão, não dá. Quando alguém se aposenta sente falta do dia a dia. A proposta é promover atividades que integrem essas pessoas”, afirma Vilela.

A ideia é fazer reuniões e começar a promover passeios e viagens à praia, interior, parques, organizar almoços, entre outros. “Todos esses projetos têm o apoio do nosso presidente Rebouças, com quem tenho grande amizade e quem merece nosso respeito; do Dr. Wilson Rangel, que também é uma das pessoas que fará tudo isso acontecer no nosso Sindicato; do diretor financeiro Vladimir Convento e de todos os demais diretores da nossa instituição”, agradeceu o diretor.

Fiquem atentos para mais informações sobre as atividades em breve!