Mais uma vez procurado por investigadores, o SIPESP está buscando um posicionamento das autoridades e uma resolução efetiva das situações das delegacias paulistas.
As delegacias da Seccional de Itanhaém, pertencentes ao DEINTER 6 – Santos (Departamento de Polícia Judiciária do Interior de São Paulo), enfrentam condições críticas de infraestrutura que afetam diretamente tanto os policiais quanto a população que depende dos serviços prestados. Entre os problemas relatados, destacam-se a falta de itens básicos, como água potável e papel higiênico, além de instalações com manutenção precária e infestadas por insetos.
Estrutura comprometida
As denúncias apontam que muitos equipamentos fundamentais estão inoperantes ou em péssimas condições. O sistema de ar-condicionado, essencial para o conforto térmico em uma região de clima quente como o litoral sul paulista, encontra-se sujo ou até mesmo inutilizável em algumas unidades. Banheiros, muitas vezes insalubres, e a ausência de produtos básicos como papel higiênico agravam ainda mais a situação.
Proliferação de insetos
Outro problema grave relatado é a infestação de mosquitos nas dependências das delegacias, inclusive, por conta da falta de climatização. A falta de dedetização adequada transforma os espaços em ambientes propícios para a proliferação de insetos, colocando em risco a saúde dos servidores e dos cidadãos que buscam o atendimento dentro das delegacias.
Impacto nos profissionais
Os investigadores, escrivães e demais servidores lidam diariamente com situações adversas, enfrentando uma realidade que prejudica a execução de suas funções e afeta a qualidade do atendimento à população. Por outro lado, os munícipes que recorrem aos serviços das delegacias também sofrem com o descaso, que compromete a dignidade e a segurança de todos.
A necessidade de soluções imediatas
A precariedade nas delegacias da Seccional de Itanhaém é reflexo de problemas estruturais mais amplos enfrentados pela Polícia Civil em várias regiões do Estado de São Paulo, como já foi retratado pelo SIPESP a situação das delegacias do Demacro, Mairiporã, Campinas, entre outros. No entanto, a situação exige respostas imediatas. Investimentos em infraestrutura, dedetização, manutenção de equipamentos e fornecimento de insumos básicos são indispensáveis para restaurar a funcionalidade das unidades e garantir condições dignas de trabalho.
“É inadmissível que as delegacias, que são a porta de entrada da segurança pública e o local de trabalho dos investigadores e demais policiais, estejam nessas condições. O SIPESP está profundamente preocupado com as denúncias que estão chegando”, lamentou o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.
O SIPESP já está em contato com as autoridades competentes, cobrando ações urgentes para resolver esses problemas. Além disso, está avaliando medidas judiciais e administrativas para garantir que os direitos dos policiais civis sejam respeitados. O Sindicato não está só reivindicando melhorias na infraestrutura, mas também investimentos contínuos que assegurem condições de trabalho adequadas em todas as delegacias do estado.
“Nossa luta é pelo fortalecimento da Polícia Civil, porque entendemos que uma polícia bem estruturada e valorizada é essencial para a segurança e a justiça da sociedade. Continuaremos acompanhando de perto a situação em Itanhaém e em outras regiões, não apenas cobrando, mas também propondo soluções junto aos gestores da segurança pública”, afirmou Rebouças.
Os policiais civis e a população aguardam ações concretas das autoridades responsáveis, como a Secretaria de Segurança Pública e o Governo do Estado, para transformar a realidade das delegacias e devolver a confiança nos serviços essenciais prestados pela Polícia Civil.