Sindicato se comprometeu em encaminhar documento com principais prerrogativas da categoria para melhor atuação junto ao Governo

O SIPESP continua em ação na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). Nesta quarta-feira, 18, a diretora jurídica Maria Helena Torres, o diretor Joraci de Campos e o advogado Fábio de Alencar, foram ao encontro da deputada Márcia Lia (PT) para debater os inúmeros problemas que assolam a categoria. Também participou o assessor parlamentar Cláudio Médici.

Entre as questões que estão movimentando o SIPESP estão o reajuste salarial, aguardado há mais de seis anos pela PCSP; a equiparação do vale-alimentação da Polícia Civil com o benefício da Polícia Militar; a nova Lei Orgânica da PCSP, a respeito da reestruturação dos cargos; e a necessidade de reconhecimento do nível universitário.

Com relação ao nível universitário (N.U.), de acordo com o advogado do Sindicato, hoje, caso o policial queira entrar na Justiça, o processo corre individualmente. “Para que haja algum efeito real, é necessário mobilizar a classe para mover uma Ação Coletiva. Mas a gente entende que a via política é a via mais rápida”, disse Alencar.

“Desde 2008 o N.U. está sacramentado, mas não está sendo cumprido”, afirmou a diretora Maria Helena sobre o pagamento compatível com o ensino superior que, segundo Torres, foi uma alteração da lei para ingresso na carreira. “Antigamente, não era exigido o ensino superior para investigador, mas, com a alteração legislativa, agora é requisito e ainda recebemos como nível médio”, lamentou.

Dados da Coordenadoria de Recursos Humanos do Estado revelam que um investigador paulista recebe, em média, R$ 4.300. “E ele ainda acumula funções dentro das delegacias e acaba fazendo serviço de escrivão, motorista, leva presos, faz flagrantes, etc. Então vemos que o problema vai além do ensino superior. É o déficit salarial gerando outra série de problemas”, explicou.

Com relação ao vale-alimentação, Campos afirmou que a Polícia Civil recebe 12 diárias no valor de R$ 20,70, equivalente de R$8,28 por dia. “Isso enquanto a Polícia Militar recebe 30 diárias de R$ 26,53, o que totaliza R$ 795,90, ou seja, o PM consegue, no mínimo, ter uma refeição por dia. Enquanto nós, só duas coxinhas. É uma disparidade, uma vergonha”, expôs o diretor do SIPESP.

Solidarizada com a crítica situação em que se encontra a Polícia Civil de São Paulo, a deputada afirmou atuar em prol da causa da categoria. “Gostaria que me enviassem um documento com essas prerrogativas para que pudéssemos incrementar nossas solicitações junto ao Governo”, afirmou. “Nós vamos cuidar disso”.

“Você estar nos recebendo aqui é um incentivo para que continuemos lutando”, agradeceu Campos.

É um esforço do SIPESP junto à Casa Legislativa pela reconstrução da Polícia Civil Paulista.

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