Entre os assuntos debatidos, futuro da Polícia Civil por mudanças provindas da Lei Orgânica foi o foco principal do encontro
Nesta quarta-feira (28/8), o SIPESP, representado pelo seu presidente João Batista Rebouças da Silva Neto, pelo diretor jurídico Adilson Ferreira, pelo advogado Wilson Rangel e pelos representantes sindicais Cássia Dantas, Vitor Kisberi e Wagner de Oliveira, esteve na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) para uma reunião com o deputado estadual Carlos Giannazi para uma homenagem e debater o futuro da Polícia Civil.
Confira.
O que esperar para o futuro
A Lei Orgânica hoje pauta todas as reuniões entre autoridades e quaisquer que sejam os sindicatos ligados à Polícia Civil. O primeiro projeto recentemente liberado e que deixou em alerta as categorias policiais foi o projeto dos policiais penais.
“Na minha opinião, carreira de nível médio fazer um curso na academia por três meses e, assim, tornar-se oficial investigador ou escrivão de polícia, em que ambos têm nível superior, vai muito longe”, afirmou Rebouças.
Com relação ao subsídio, que é uma tendência nacional, o deputado disse que quem está na ativa fica bem; mas apenas no início. “Mesmo quem está na ativa, apenas no comecinho que ganha um pouquinho mais; mas depois não dão mais reajuste. Não haverá mais quinquênio, nem sexta-parte, ou seja, não tem mais evolução por tempo de serviço, na ilusão de que vai ter um reajuste que nunca vai acontecer”, explicou Giannazi. “É preciso entender que o Sindicato é a voz do servidor”.
Muitos pontos estão sendo discutidos e estão sob os olhos atentos do SIPESP. A fim de fomentar ainda mais o debate, em setembro, o SIPESP estará no Paraná, a convite da SINCLAPOL (Sindicato das Classes Policiais do Estado do Paraná) para debater, junto a outros representantes sindicais de todo o País, a Lei Orgânica. Clique aqui e leia a matéria.
O SIPESP também aguarda ansiosamente o convite do delegado-geral, Arthur Dian, para participar da análise do esboço final do projeto de lei.
Briga por orçamento
Segundo Giannazi, no dia 30 de setembro deste ano acontecerá a previsão orçamentária para o ano de 2025. “É importante se preparar para o enfrentamento”, ressaltou.
O deputado alertou que atualmente tem uma PEC que retira 5% do orçamento da educação estadual, o que representa mais de R$10bi a menos de investimento na área. Isso é um sinal amarelo para que os integrantes da segurança pública paulista estejam preparados para mais cortes no próprio setor.
São Paulo já integra o rol dos piores salários em nível nacional para policiais, além de enfrentar falta de estrutura e déficit real de servidores – ainda que tenha uma nova safra para chegar.
Homenagem
O presidente do SIPESP aproveitou o ensejo para entregar uma placa em honra à Giannazi, que não pode estar presente na comemoração do jubileu de ouro da entidade, realizada em julho deste ano.
A láurea, entregue às autoridades que atuam em parceria com o sindicato, representa a união que representa mudanças para uma categoria. “Hoje precisamos de pessoas como o Giannazi, que têm consciência de classe e que lutam por melhorias reais no funcionalismo público”, ressaltou Rebouças.