O SIPESP (Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo) repudia com veemência as afirmações do governador João Doria (PSDB), durante entrevista concedida à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira (17/8).

Diante de diversas manifestações deste sindicato, Doria se mostrou alheio à realidade enfrentada pela Polícia Civil. Durante a entrevista, o governador afirmou que a nomeação não pode ser realizada por conta da Lei Complementar 173 assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, impedindo, segundo ele, a contratação de novos servidores. As desculpas utilizadas pelo tucano são uma verdadeira afronta à verdade, à realidade e à democracia.

Como uma das maiores representações da Polícia Civil no Estado de São Paulo, além de aposentados e pensionistas, o SIPESP tem o compromisso de lembrar que a PCSP é formada por diversas carreiras, como investigadores, agentes de polícia, escrivães, papiloscopistas, peritos, entre outros, e é fundamental para garantir o bom funcionamento da segurança pública e, consequentemente, dos direitos de mais de 20 mil profissionais que estão nas ruas todos os dias.
Cabe a nós também alertar sociedade sobre a veracidade do dia a dia desses servidores que cumprem suas obrigações legais, mesmo com tantos agravantes.

Temos o dever, portanto, de ressaltar e prestar contas de que a Lei citada por Doria somente é aplicada ao reajuste salarial para os servidores públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios afetados pela calamidade pública decorrente da pandemia da covid-19 até o dia 31 de dezembro de 2021.

A Lei, portanto, não tem qualquer correlação com a nomeação dos aprovados no concurso de investigador de 2017. E mesmo que a Lei impedisse a contratação de novos servidores, a aprovação do concurso ocorreu muito antes do decreto. Nesse caso, os aprovados devem, por direito, integrar efetivamente a polícia civil bandeirante o mais breve possível.

Ressaltamos que este enredo retratado por Doria é considerado por todos nós uma agressão acintosa, ainda mais que estamos, há tanto tempo, reivindicando direitos que estão sendo prejudicados por uma nefasta falácia com relação à nossa categoria, que integra o rol de serviços essenciais do nosso Estado.