Ato Solene da Polícia Civil de São Paulo

A terceira edição da solenidade homenageou policiais civis destaques deste ano; clima de união foi um dos destaques do evento.

Nesta quarta-feira (16/10), o SIPESP, representado pelo secretário geral Joraci de Campos, esteve presente no auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), para participar da solenidade em comemoração ao Dia de Valorização do Policial Civil.

A data foi instituída pela Lei 17.886, de autoria do Deputado Reis, em celebração ao trabalho realizado pelos profissionais da segurança pública, que são responsáveis por parte importante dos processos relacionados à segurança do estado.

De acordo com o deputado estadual Paulo Reis, o ato, que é a terceira edição do dia de valorização do policial civil, foi um dos primeiros projetos protocolados por ele. “Esse dia 16 de outubro, é para relembrar um pouco as nossas pautas de valorização e luta com base naquele fatídico dia 16 de outubro de 2008 quando todos os sindicatos e associações foram até o governador com a sua pauta de reivindicações. Isso é para lembrar que as coisas não caem do céu e só se consegue conquista com muita luta”, disse, durante a abertura da solenidade.

Ainda segundo o deputado, o secretário de segurança pública, Guilherme Derrite foi convidado a participar da solenidade para fazer sobre os planos que precedem a gestão. “Queremos falar sobre a questão salarial, estrutural, temos denúncias de policiais que estão limpando as delegacias por falta de empresas para prover as limpezas e pedi que pudesse vir aqui para dizer quais os planos da Secretaria de Segurança Pública para os próximos anos”, salientou. Infelizmente, o representante não compareceu ao evento.

Reis pretende fazer uma Audiência Pública para debater os detalhes ligados à PCSP.

Bônus e ônus da Polícia Civil foram debatidos com fervor na solenidade

“Nós precisamos falar de salários: polícia boa é polícia bem paga”, falou Reis. Também citou a regulamentação da Lei Orgânica Nacional, que já está sendo implementada em vários estados do Brasil, mas que em São Paulo ainda está engatinhando. “Não há nada formalizado, não tem documento explícito”. No momento, a espera é que se acelere o debate e aprovação da LONPC.

Outro ponto destacado no encontro foi a questão das férias dos policiais. “A apropriação das férias dos policiais civis está se tornando um real abuso da confiança de todos, pois muitos votaram nele e ele está quebrando esse voto”, apontou Reis. Para lidar com o assunto, o gabinete de Reis pediu uma reunião com o secretário da fazenda para ver de que forma eles resolverão esse impasse. “Pedimos informações, mas nem sempre a resposta vem no tempo certo, mandando resposta, às vezes, depois que já acontece”, lamentou. “O Governo tem que ser tão rápido quanto são os policiais que estão dentro das delegacias”.

Joraci de Campos, secretário geral do SIPESP, expressou, por sua vez, gratidão pela atuação de Reis em prol da Polícia Civil. “Agradecemos ao Reis por relembrar a luta de 2008, da qual participei. Temos uma porta aberta por conta desse grande companheiro e lutador que, além de ser deputado, vestiu a camisa da Polícia Civil. Esse sim é verdadeiramente nosso representante”, agradeceu.

Homenagens

Entre os 20 homenageados, estavam os diretores do SIPESP, investigadores Luís Miguel Kudlovics e Adilson Ferreira da Silva, e a assessora sindical, investigadora Ildete dos Santos. Também foram homenageados a delegada Ana Paula Aparecida Rodrigues, o investigador Anderson Evandro Urbano de Souza, o investigador Ciro Ribeiro Giacomelli, Daniel Simplicio da Silva, o atendente de necrotério policial Elcio Domingos de Lima, o escrivão aposentado José Airton, o agente policial Jean Lourenço da Silva, a investigadora Juliana Liguori Ibernon, o delegado Leandro Marafon da Silva, o delegado Marcio Cursino, o investigador Marcelo de Souza Dias, o investigador Mário Sérgio, o agente policial Mario Morando Martins, o investigador Ricardo Ideaki Tagamo, a agente policial Terezinha Aparecida da Silva, o papiloscopista Valter Ribeiro da Silva e o escrivão Wolnei Marçal dos Santos.

O diretor jurídico do SIPESP, Adilson Ferreira da Silva, que está há 41 anos na Polícia, fez questão de salientar que a polícia civil de São Paulo é ordeira, disciplinada, legalista e versátil. “Já alegaram que a Polícia Civil era inepta e letárgica. E isso é uma fala infeliz. Já fomos presenteados com um presente de grego por um dos governadores. A guarda e vigilância de presos em distritos. A polícia cumpriu essa missão com profissionalismo e coragem; abrimos mão do convívio da família e, em muitos casos, os colegas perderam a vida no cumprimento desse dever”, relembrou.

“Convivemos com fuga, rebelião e sei que o deputado também passou por isso. Essa nova geração de policiais que está ingressando pode trabalhar com tranquilidade porque não vai conviver com isso, graças aos senhores, que lutaram lá atrás com o Sindicato. Precisamos sempre ter em mente que a SSP tem dois braços: um é a PM, e o outro somos nós, a Polícia Civil. Ambos têm a mesma importância, mas infelizmente a nossa cúpula não tem considerado isso. Espero que, com essa união pela valorização isso mude e o nobre deputado Reis continue sendo a voz da PCSP nessa casa”, afirmou.

Para a investigadora Ildete dos Santos, a homenagem é uma forma de demonstrar respeito, admiração e reconhecimento do policial civil. “O deputado, com esta singela homenagem, quer dizer que nós, policiais civis, devemos ser respeitados e valorizados, coisa que não acontece em governo algum. O policial civil não pede muito, ele só deseja ter um bom salário para com isso parar de fazer ‘bicos’ e ter uma qualidade de vida junto com sua família. O policial civil quer melhores condições de trabalho. Não queremos saber como será renomeado nossos cargos, pois há muitos anos somos todos “Santospol”, vivemos de promessas que nunca se cumprem!”, apontou.

Segundo Luís Miguel, a solenidade é um dia de festa e agradecimento. “O SIPESP é o legítimo órgão da Polícia Civil que verdadeiramente sabe dos anseios que os policiais reivindicam e os problemas que estão passando, além do que é necessário para desenvolver um bom trabalho. No entanto, o Sindicato aponta para a sociedade o que é necessário para desenvolver esse trabalho da melhor forma para a população. O deputado Reis é o link com o legislativo, levando as reivindicações necessárias, provocando com que os parlamentares façam leis que beneficiem a PCSP e, consequentemente, a população no combate ao crime. Precisamos de uma polícia que tenha a melhor condição de defender a sociedade. Temos sim que estar felizes por termos alguém que nos represente. Agradeço ao Reis pela atuação em prol da nossa Polícia Civil”, disse.

“O Governo gosta de aplicar divisão. Para ele é melhor uma categoria dividida e, quando se une todas as carreiras em busca de um objetivo, a gente vai batendo e uma hora acontece. O que não pode é deixar de lutar então temos que perseguir nossos objetivos. É simbólico o dia 16 de outubro, sim. Mas o governo continua jogando bombas em nós, continuamos respirando gás lacrimogêneo, continuamos enfrentando balas de borracha e bombas de efeito moral. Enquanto o governo não resolve a valorização e a recomposição do efetivo é como se estivesse o tempo todo jogando bomba em cima da gente”, finalizou o deputado.

Veja abaixo a reunião completa no Youtube da ALESP.

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