Após participação em grupo de trabalho, instituído apenas para discutir como será o trâmite da mudança, SIPESP continua lutando para garantir participação de toda a classe operacional

Nesta quarta-feira, 4, aconteceu a segunda reunião do grupo de trabalho que está debatendo a melhor maneira de formalizar a transferência da Polícia Civil da pasta de Secretaria da Segurança Pública para a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Após embate judicial, SIPESP conseguiu liminar para participar pela primeira vez dos debates.

O presidente João Batista Rebouças da Silva Neto verificou, durante a reunião, que a mudança de secretaria já está decretada e se trata de uma decisão política do governador Márcio França. “A questão em debate é apenas como será viabilizada a transferência; é claramente uma vontade política do governador”, lamentou.

O SIPESP se posicionou contrário à mudança, já que não há indícios de que isso trará qualquer benefício para toda a classe operacional.

Pauta em debate

Os itens de pauta debatidos foram a integração do SIPESP ao grupo, a aprovação da ata anterior, o recebimento de novas sugestões das entidades representativas e a discussão das propostas.

Apesar dessa participação ter sido garantida judicialmente, o secretário da segurança pública, Mágino Alves Barbosa Filho, está se empenhando em derrubar a liminar que assegura a presença do Sindicato da classe operacional nos debates.

Rebouças pediu, durante a reunião, que independentemente do resultado da ação que obriga os demais integrantes a aceitarem a participação do SIPESP, que aceitassem de maneira voluntária a representação de toda a categoria. “Convidem os representantes das demais carreiras policiais civis para participar. Dessa forma, as decisões sairão de maneira transparente e permitirá um maior equilíbrio nos direcionamentos a serem tomados e que mudam o futuro de muitos servidores”, afirmou.

Na ata, constam apenas participações de entidades majoritariamente ligadas aos delegados de polícia.

Exaltar a participação de apenas uma classe é discricionário, mas a participação da maior parte das carreiras policiais civis não podem ser deixadas de lado.

O caminho será longo e a batalha será árdua, mas o SIPESP continuará lutando por melhorias para a polícia civil.