Sindicato também pede a revisão do Plano Nacional de Vacinação

Todos os dias são publicadas notícias sobre o trabalho exercido por policiais no combate e controle da pandemia. Os policiais precisam encerrar inúmeras festas clandestinas frequentadas por jovens em todo o Estado e o debate sobre a necessidade da vacinação para a categoria novamente vem à tona.

O SIPESP, desde o início da pandemia, está comprometido com a saúde dos policiais, inclusive distribuindo insumos na prevenção da COVID-19. “Encaminhamos ofícios para as autoridades estaduais e federais para que os policiais sejam imediatamente vacinados”, afirma o presidente da entidade, João Batista Rebouças da Silva Neto. “Estamos, de forma incansável, entrando em contato com o Governo para que isso aconteça o mais breve possível, ainda mais nesse momento que vivemos”.

No momento, a luta do SIPESP e de outras instituições ligadas à categoria é fazer com que o Governo entenda que a polícia – seja civil, militar, técnico-científica – integra o rol de serviços essenciais. “Isso significa que não podemos aderir ao #fiqueemcasa. Temos que continuar nosso trabalho, dia após dia, garantindo a segurança da população e, infelizmente, colocando em risco nossa saúde e a saúde da nossa própria família com a exposição que sofremos durante esse trabalho de interdição de tantas aglomerações clandestinas”, salienta o presidente do SIPESP.

Em São Paulo, de acordo com a Lei de Acesso à Informação (LAI), os policiais civis, agentes penitenciários, militares e técnico-científicos que atuam no estado morreram mais em decorrência do coronavírus do que em confrontos com criminosos realizados em serviço ao longo de 2020 e o número aumentou. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), até o dia 5 de fevereiro o número saltou de 43 para 59 mortes. E o continua aumentando.

No documento encaminhado às autoridades, o SIPESP frisa que é importante a revisão do esquema do Plano Nacional de Vacinação. Em janeiro, a categoria foi incluída pelo Ministério da Saúde como prioritária para a imunização, no entanto, os presos serão vacinados antes que a categoria.

De acordo com as determinações do Ministério, os presos aparecem em 17º lugar na fila de prioridade, enquanto os agentes estão na 18ª posição e as forças de segurança e salvamento em 21º.

O SIPESP vai continuar pressionando até que as prioridades sejam revistas e todos consigam garantir a vacinação contra a COVID-19.

Atuação

Em junho de 2020, três meses após o boom da pandemia de coronavírus no País, o SIPESP encabeçou uma ação inédita de distribuição de insumos para os policiais civis da Capital e do interior.

“Nossos esforços são para tentar prevenir ao máximo que a categoria seja contaminada. Diariamente recebemos notícias de colegas que morreram por conta da COVID. Há um sentimento de tensão nas delegacias”, afirma Rebouças.

Até o momento, já foram distribuídas mais de 800 máscaras, 800 luvas e 100 litros de álcool em gel para a categoria. “Infelizmente, não conseguimos suprir todas as delegacias, mas estamos priorizando aquelas que sabemos que estão em locais mais atingidos pelo vírus”, disse.