Ato em comemoração ao dia de valorização do policial civil

Durante o evento, foram homenageados integrantes de diversas categorias da Polícia Civil de São Paulo

Nesta quarta-feira, 18 de outubro, aconteceu o Ato Solene em Comemoração ao Dia de Valorização do Policial Civil na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). A iniciativa, do deputado estadual Reis (PT), reuniu mais de 200 pessoas no plenário Paulo Kobayashi.

“Nós queremos direitos, queremos salários dignos. Não queremos ser colocados em condições de trabalho estressantes. Queremos direito às nossas condições de trabalho. O adoecimento policial tem sido muito presente nas nossas carreiras e hoje é o nosso dia de cobrar a valorização”, disse.

O evento abordou a importância de relembrar a greve de 2008. Muitos dos policiais presentes à solenidade promovida por Reis também participaram da greve. No telão, foram exibidas imagens do fatídico dia 16 de outubro, quando os policiais foram recebidos com balas de borracha pela Polícia Militar durante o protesto que reuniu mais de 12.000 policiais civis da Capital e do interior do Estado (clique aqui e leia matéria completa). O embate entre as polícias marcou história, mas, acima de tudo, mostrou a força da Polícia Civil. “Muitas leis foram aprovadas em decorrência dos fatos que aconteceram naquele dia”, relembrou Reis.

Entre as principais conquistas apontadas por Reis, destacam-se a questão da aposentadoria voluntária, a Lei Complementar 1.063/2008, que dispõe sobre a reestruturação da carreira de Delegado de Polícia; a Lei Complementar nº 1.064/2008, sobre a reestruturação das carreiras policiais civis; a 1.065/2008, que dispõe sobre a reclassificação dos padrões de vencimentos dos integrantes da Polícia Militar e a Lei Complementar nº1.066, sobre a criação e extinção de postos e graduações nos Quadros de Oficiais e de Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo. “A nossa luta também beneficiou a carreira militar”, lembrou Reis.

O deputado finalizou citando a Lei Complementar nº 1.067/2008, a respeito do requisito de ingresso nas carreiras de Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia. “Várias questões ainda não são aquilo que nós queremos, mas sempre vamos cobrar para que tudo seja cumprido. Governo é sempre Governo. Ele passa, mas a polícia civil continua”, ressaltou o deputado.

O representante da SSP, delegado Gustavo Mesquita, parabenizou e agradeceu o deputado e todos os colegas pela presença. “Se estamos aqui no dia de hoje, nesse horário é porque estamos unidos, olhando na mesma direção. Claro, cada um na sua trincheira, mas todos visando a mesma missão: a valorização da polícia civil”, falou.

Para o presidente do Sindicato dos Investigadores, Rebouças, a iniciativa de Reis em realizar o ato é indispensável para unir a PCSP. “Nós brigamos em 2008 e conquistamos muito, mas estamos constantemente pedindo por valorização. Os policiais reclamam diariamente para nós sobre escalas abusivas de trabalho – especialmente dos colegas do interior – e que o sindicato está atuando ativamente. Então, os sindicatos são mais que necessários para lutar, para representar, para atuar. Quero agradecer ao Reis, que carrega a polícia civil aqui na Assembleia Legislativa e que nos dá força para continuar lutando”, afirmou Rebouças.

Integraram a mesa diretora o deputado Reis, o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto, o vereador João Ananias, o representante da assessoria do Comando Militar do Sudeste, Rodolfo Guerra, o delegado Gustavo Mesquita, da assessoria policial civil da Secretaria de Segurança Pública, a presidente do SINTELPOL, Lucia Helena,o presidente da International Police Association Jarim Lopes, o presidente da AEPESP, Renato Del Moura, a presidente do Sindpesp, Jacqueline Valadares, o presidente do SEPESP, João Xavier Fernandes, o presidente do SITRASPESP, Alberto Sabino, o presidente da AGEPOL, Nelson Leone e o representante da ADPESP, Rodrigo Lacordia.

Novas pautas da Polícia Civil

Pautas como o reconhecimento do nível superior estão sendo debatidas constantemente por Reis. Segundo o deputado, é importante reconhecer em termos salariais o que é exigido para os investigadores e escrivães. “Acredito que vamos conseguir, talvez demore, mas vamos levar também a questão da insalubridade dos oficiais administrativos, questões salariais, reestruturação – que está nos bastidores e ganha corpo só quando chegar na Casa”, ressaltou.

Reis também disse estar atento à Polícia Penal, que não foi contemplada com o mesmo aumento que tiveram as polícias civil e militar. “Eles tiveram apenas 6% e a promessa do projeto de regulamentação, quando essa diferença seria repassada”.

Outro ponto crucial abordado foi o vale-refeição das polícias. “Estamos cobrando também a questão do vale refeição. A PM recebe cerca de R$11 mil e a civil recebe cerca de R$5 mil. Por que o tratamento diferenciado? Estamos levando tudo isso para o governador. São questões que têm que ter decisão política”, opinou. “Tudo isso nos ajuda para que possamos [a PCSP] entregar um serviço ideal para a nossa sociedade”.

Homenageados

Cada um dos homenageados escolhidos pelos colegas – entre investigadores, escrivães, agentes de polícia, delegados e demais carreiras – fez um discurso de agradecimento.

Além do investigador Rerolde Alexandre Soares Rodrigues, associado e 1º vice-presidente suplente do SIPESP, também foram homenageados Agostinho Alves Moreira, Alberto Sabino, Amaury dos Santos Silva, Eduardo Lopes Monteiro, João Paulo Verdade, Loriel Malta de Freitas, Osvaldo Antonio Garcia, Paulo Kinai, Rerolde Alexandre Soares Rodrigues, Cícero José de Souza, Eduardo Fernandes Silva, Elisabete Ferreira Sato, Eunice Maria dos Reis Ferreira, Humberto Pinheiro Junior, José Milton Alves, Luciara de Cássia da Conceição, Margarete Barreto, Marta Correa, Nelson Leone, e os policiais Tobia e Marco Cobra, do Diário de Polícia Podcast.