Levantamento do Sindicato aponta todos os deputados que se reuniram com o Sindicato no ano passado foram contra a Reforma em votação na ALESP

Nesta quarta-feira, 19, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) se reuniu para votar a Reforma da Previdência do estado. No entanto, após brigas e troca de insultos entre os deputados, a sessão extraordinária foi adiada para a terça-feira, dia 3, após o carnaval. Na base governista já existia uma divisão entre quem preferia votar antes e depois da folia.

Com isso, o SIPESP encaminhou em regime de urgência solicitação para os deputados envolvidos na votação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 18/2019 (confira no fim da matéria).

“Pedimos que eles analisassem o Projeto com muito cuidado, pois a aprovação disso se trata de uma mancha na história, não só dos policiais civis, como também de outros profissionais do nosso estado”, lembrou o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.

Um levantamento do Sindicato apontou que os deputados que receberam o SIPESP durante a atuação na Alesp, durante todo o ano passado, votaram contra a Reforma. “Isso mostra que temos força”, disse Rebouças. “Precisamos da união de todas as entidades, de todos os policiais, mesmo os que sejam contrários ao Sindicato para que continuemos fazendo um trabalho forte e com o respaldo de toda a categoria”.

Aprovação em 1º turno

Na terça-feira, 18, os deputados aprovaram em 1º turno o Projeto. Por se tratar de uma mudança na Constituição Estadual, são necessárias duas votações para aprovar o texto. Os 57 votos necessários para a PEC avançar foram alcançados pelo governo.
“Temos que compreender que o Governo não tem a força que imagina e por isto, este é o momento de pressionar os deputados que votaram a favor do governo e aqueles indecisos que sequer votaram”, afirma o presidente do SIPESP.

A proposta de mudança na Previdência do estado prevê, entre outros pontos, aumento no recolhimento dos servidores, com desconto na folha de pagamento passando de 11% para 14%, e altera a idade mínima: 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. Os servidores fizeram inúmeras manifestações contrárias ao projeto.

O projeto, enviado pelo governo do estado em novembro passado, visa economizar R$ 32 bilhões em dez anos.

O que muda?

Aumento da alíquota de contribuição de 11% para 14%;
Idade mínima para as aposentadorias comuns: 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens;
Professores, policiais civis, agentes de vigilância e de escolta penitenciários, e servidores que tenham condições especiais ou com deficiência terão regras de transição diferenciada.

Solicitações do SIPESP para os deputados:

Lista de Deputados do Estado de São Paulo:

https://www.al.sp.gov.br/deputado/lista/