Valor será repassado ao Ministério Público para bancar despesas como salários e auxílio-alimentação de procuradores.
Em decisão publicada pelo Diário Oficial do Estado na última sexta-feira, 30 de novembro, o Governo do Estado de São Paulo vai retirar R$75 milhões da Segurança Pública para transferir ao Ministério Público Estadual.
Detalhadamente, o desfalque para a Segurança Pública será de R$2.275.000 de inteligência e mais R$2.275.000 de tecnologia da informação da Polícia Civil do Estado de São Paulo, além de serem congelados R$ 6.285.900 da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, sendo R$ 2.730.000 de obras e instalações e R$ 3.555.900 de despesas com tecnologia da informação.
O impacto também será sentido pela Polícia Militar, onde R$ 63.289.100 serão realocados, sendo R$ 7.989.100 de obras e instalações e R$ 55.300.000 de equipamentos e material permanente; e pelos Bombeiros, serão R$ 3.150.000 a menos, que iriam para equipamentos e material permanente.
Realidade da Polícia Civil
O SIPESP, com a realização de reuniões com policiais civis pelo Estado, tem conhecido o real panorama do que toda a PCSP vem enfrentando por conta da falta de investimentos.
Na última semana o Sindicato denunciou um local de trabalho totalmente insalubre (veja a matéria), o que corrobora a deficiência da Segurança Pública.
“Nós temos, incessantemente, batido na tecla de que a nossa polícia tem o menor efetivo, enfrenta grande defasagem salarial, não tem material para trabalhar, entre outros inúmeros problemas que deixam o policial cada vez mais desmotivado. Essa iniciativa, por parte do Governo, não tem sentido algum e prejudica ainda mais o correto funcionamento da Segurança Pública no nosso Estado”, lamenta o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.
No começo do ano de 2018 , o orçamento previsto para a Polícia Civil já havia caído R$ 18 milhões, e ainda faltam cerca de 13 mil cargos, em todas as carreiras, desde investigadores a atendentes de necrotério,- para que a crise da PCSP seja minimizada.