Com o intuito de alertar a categoria, SIPESP adere à campanha “Setembro Amarelo”, que foi criada para ajudar na prevenção dos suicídios

Ser policial hoje é difícil e temos motivos para essa afirmação: seja a má remuneração, a pressão ou as péssimas condições de trabalho, os fatores são inúmeros àqueles que pretendem tirar a própria vida. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo comprovam que, do total de ocorrências de suicídio entre agentes em São Paulo, 20,2% são policiais civis.

A fim de promover a conscientização e a prevenção do suicídio foi criada, em 2015, a campanha Setembro Amarelo, que visa alertar a população a respeito do tema no Brasil e no mundo, além de desenvolver estratégias de prevenção eficazes.

Por ano, de acordo com números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na véspera do Dia de Prevenção do Suicídio, lembrado nesta segunda-feira (10), quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio; é o equivalente a uma morte a cada 40 segundos.

Diagnóstico
Provocado por múltiplos fatores – biológicos, psicológicos, socioculturais e ambientais – o suicídio integra um problema de saúde pública. Uma pesquisa de casos da OMS que agregou 15.629 casos de suicídios aponta que:

– 35,8% das vítimas tinham transtorno de humor;
– 22,4% eram dependentes químicas;
– 10,6% tinham esquizofrenia;
– 11,6%, transtorno de personalidade;
– 6,1%, transtorno de ansiedade;
– 1%, transtorno mental orgânico (disfunção cerebral permanente ou temporária que tem múltiplas causas não psiquiátricas, incluindo concussões, coágulos e lesões);
– 3,6%, transtorno de ajustamento (depressão/ansiedade deflagradas por mudanças ou traumas);
– 0,3%, outros distúrbios psicóticos;
– E 5,1%, outros diagnósticos psiquiátricos.

Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado. Em todos os casos elas poderiam ser salvas.

Busque ajuda
O SIPESP adere ao movimento Setembro Amarelo para alertar aos policiais que estão enfrentando dificuldades e para alertar os colegas que se atentem um ao outro.
Uma das formas de buscar ajuda é pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sobre total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. Informações sobre o atendimento podem ser verificadas pelo número 188.