Participantes também receberam um curso completo de tiro, oferecido gratuitamente pelo Sindicato em prol da segurança dos policiais e da sociedade

O projeto de interiorização do SIPESP está em plena atividade. Nos dias 12, 13 e 14 de novembro, o Sindicato marcou presença em Lins – que reuniu investigadores de Getulina, Guaiçara, Promissão – e em Borborema, que recebeu participantes de Novo Horizonte.

Os participantes, acompanhados pelos diretores Maria Helena Torres e João Carlos Pavão de Paiva, conheceram as últimas novidades relacionadas à atuação do SIPESP pela categoria.

Durante os encontros também foi apresentado aos policiais o DART, aparelho desenvolvido pela SWAT e que é utilizado por órgãos de segurança americanos, como o FBI, CIA, U.S. Police, entre outros. O DART oferece simulações por computador que permitem a prática da habilidade de tiro em um ambiente seguro, sem custo de munição, de problemas logísticos de um campo de tiro tradicional, o que torna a atividade totalmente portátil, acessível, eficiente e fácil.

O curso foi ministrado pelo instrutor Marco Antonio Aguiar.

O prefeito de Promissão, Dr. Artur Nogueira Franco (que é delegado afastado para exercício da função), destacou ser importante a iniciativa. “Coloca essas pessoas que trabalham com segurança em contato de um forma bem simples e sem custo com esse treinamento bem efetivo”, falou.

“Esse treinamento é excelente para condicionamento, para o nosso trabalho e aperfeiçoamento. Muito obrigado ao Sindicato, que proporcionou isso para nós”, disse um dos representantes da Guarda Municipal de Borborema.

O prefeito de Borborema Vladimir Adabo, e a vice-prefeita Sheila, além de também participarem do treinamento, parabenizaram a iniciativa da conterrânea, Maria Helena, e estenderam os agradecimentos ao presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.

“É uma oportunidade única que nosso município está tendo através do Sindicato. É um privilégio ter acesso a uma tecnologia de instrução de tiro”, agradeceu Adabo.

Nos três dias, estiveram presentes representantes da Polícia Civil (investigadores, delegados, escrivães, etc), da Guarda Civil Municipal, da Polícia Militar e membros do Bombeiro Comunitário .

Relatos

Durante a visita, os diretores conversaram com os participantes para conhecer suas histórias. Três se destacaram por abordarem justamente a necessidade do treinamento entre a polícia.

Um dos policiais contou que, após uma incursão, foi vítima de um disparo acidental realizado por um dos colegas que segurava a arma com o dedo no gatilho e destravada dentro da viatura. Ele só escapou porque o disparo foi feito enquanto o outro policial descia da viatura e, por isso, ele não morreu. No entanto, por quase um ano teve que utilizar uma bolsa de colostomia.

A outra situação relatada por outro policial foi de que o irmão, também policial, deu um tiro no próprio pé ao tentar retirar a arma do tornozelo.

No último caso, o policial foi retirar a arma do coldre quando a arma disparou acidentalmente contra seus órgãos genitais.

“Infelizmente são situações que acontecem, mas que poderiam, claramente, ser evitadas com o devido treinamento”, relatou a diretora Torres.

O treinamento dado pelo SIPESP aborda ação sob pressão, movimento, mira, abordagem, entre outras questões essenciais para proteção e sobrevivência dos policiais.