Iniciativa, que foi um sucesso na Capital, se estendeu para o interior a fim de manter a maior quantidade de policiais civis possível protegidos contra a COVID-19

Nesta quarta-feira, 3, o diretor do SIPESP em Lins e região João Carlos Pavão de Paiva esteve no CPJ Lins/SP, com o coordenador Dr. Daniel Pandolfi e os policiais Civis João e Auxiliadora (escrivães), que receberam os materiais de segurança sanitária encaminhadas pelo Sindicato após solicitação de policiais do interior.

Foram enviadas 40 máscaras, 4 litros de álcool em gel e luvas. “O álcool em gel está em falta. Lá, o pessoal está enfrentando essa dificuldade”, apontou Pavão.

O reflexo do déficit de policiais

Uma cobrança muito antiga do SIPESP – e que agora parece ainda mais distante -, é do aumento do efetivo. Pavão, que atua na região há 23 anos, expôs sua preocupação com a questão, escancarada com a pandemia. “O pessoal está se aposentando e também, com essa situação toda, muitos estão afastados. Há pouca ou nenhuma contratação. O pessoal está trabalhando sacrificado”, denuncia.

De acordo com o diretor do SIPESP, os policiais estão se expondo e, em contraponto, o Estado não cumpre a função dele suprindo a necessidade de materiais. “Especialmente neste momento de pandemia, materiais de proteção e segurança estão em falta. Com isso, acho que o Sindicato veio para ajudar a proteger esses colegas que estão correndo risco e tem família”, disse. “O Governo não cumpre seu papel de contratar gente e nem o papel de proteger os poucos que têm”.

Durante a distribuição dos itens, não foram identificados casos de COVID-19. A prefeitura de Lins divulgou 42 casos na cidade e 6 mortes.