“Nesses 100 primeiros dias de gestão, estamos atuando pela reposição e aumento salarial do policial civil”. Essa foi a afirmação do delegado geral de polícia Artur Dian durante a reunião realizada nesta terça-feira (4/4) com a diretoria do SIPESP na Delegacia Geral de Polícia, no centro de São Paulo.

Recebida de maneira muito educada e inclusiva, a diretoria do SIPESP, representada pelo presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto, pelos diretores Joraci de Campos, Álvaro José Val Girioli e Adilson Ferreira da Silva e pelo advogado do Sindicato, Wilson Rangel, em um diálogo franco e acessível, conheceu quais as propostas encabeçadas pelo novo delegado geral.

“Nunca tivemos um momento tão positivo em nossa Polícia Civil”, apontou o presidente Rebouças.

Confira a seguir alguns pontos abordados durante a reunião:

VALORIZAÇÃO: aumento de salário e reposição salarial

A falta de valorização é um problema que a categoria enfrenta há muitos anos e foi tópico de debate entre as autoridades. Dian, que passou pela Polícia Civil como investigador de polícia entre os anos de 1993 e 1999, disse que tem orgulho dessa parte de sua história e que a valorização, à época, já era uma questão entre os colegas de profissão.

“Temos que entender que todo policial é policial. Aqui o senhor [Rebouças] será ouvido. Temos pleitos em comum”, disse Dian.

O SIPESP recebeu, especialmente no mês de março, muitos boatos com relação à data-base e ao valor do reajuste que seria dado pelo Governo para a Polícia Civil. No entanto, Dian deu um alerta importante. “Os policiais não podem acreditar em tudo o que é compartilhado.Temos que entender que virá um aumento considerável, mas dentro do que se pode oferecer e de forma escalonada, não linear”.

Nesse ponto, o delegado ressaltou que o escalonamento ocorrerá da seguinte maneira: as carreiras-base terão um aumento maior e os delegados, em último nível, um aumento menor. “É uma forma de aproximar carreiras de base para poder equalizar melhor os salários”, explicou.

NOVOS EFETIVOS

Outro ponto importante ressaltado pelo delegado geral foi a alteração da Lei 1.151/2011, que dispõe sobre a reestruturação das carreiras de policiais civis, do quadro da Secretaria da Segurança Pública.

A ideia é de suprimir alguma etapa dos concursos para dar mais celeridade ao processo. “Podemos tentar eliminar a prova escrita ou oral e dificultar a preambular”, explicou Dian. Atualmente, tem mais de 13 mil cargos vagos na Polícia Civil e que demoram para serem ocupados por conta da morosidade do processo de análise e aprovação. Para o delegado, a “defasagem é um legado que se arrasta”.

INTERIOR

A situação no interior também foi abordada pelo Sindicato e Dian também apresentou uma nova possibilidade na área de saúde para os policiais fora da Capital. A pauta ainda está sendo estudada para verificar a viabilização.

Além disso, o delegado geral afirmou que o excesso de trabalho e acúmulo de funções estão sendo acompanhados pela Delegacia e que novas providências serão tomadas em breve e divulgadas em momento oportuno.

COMPROMETIMENTO

Para o presidente Rebouças, a reunião foi uma surpresa esperançosa e é um vislumbre de como a Polícia Civil e, em especial, o Sindicato, podem colaborar ativamente para uma gestão em prol do bem comum. “Ficamos felizes com esse diálogo proporcionado pelo Delegado Geral Artur Dian. Nós, finalmente, fomos atendidos com cordialidade, presteza e muita consideração para que possamos progredir nas prerrogativas da Polícia Civil. Temos tudo para fazer, juntos, a PCSP crescer cada vez mais”, elogiou.