Para o SIPESP, o reajuste está aquém do esperado para a categoria. Saiba porquê.

Nesta terça-feira (⅖), o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) entregou à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) proposta de reajuste salarial para os policiais civis e militares do estado. Os valores de reajustes, no entanto, estão inferiores ao que já foi debatido pelo SIPESP e pelos representantes da Segurança Pública de São Paulo.

Segundo afirmado pelo Governo, o aumento dos investigadores será de 16,78% para investigadores da classe especial; 17,17% para a primeira classe; 20,82% para a segunda classe e 24,64% para a terceira classe.

O anúncio vai de encontro ao discurso de alguns deputados e demais representantes da Segurança Pública de São Paulo durante reuniões realizadas com a diretoria do SIPESP, que sempre ressaltou a necessidade do aumento para os policiais civis, em especial os operacionais. A resposta era sempre afirmativa no sentido de que esse ano a categoria teria uma notícia positiva, ao menos, no âmbito salarial.

“Ouvimos promessas de um aumento linear para todos os operacionais. E, pensando em rever essa barbaridade, agendamos para essa semana uma reunião com o deputado estadual Paulo Reis (PT/SP), velho conhecido da nossa categoria e que já foi investigador de polícia. Mais uma vez, os operacionais acabaram em desvantagem dentro da profissão”, lamentou o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto.

O salário e a valorização do policial civil no estado é um problema salientado pelo Sindicato na pesquisa “Polícia Ideal x Polícia Real”, que mostra como São Paulo está cada vez mais distante do ideal se comparado a outros estados menores – população, PIB, quantidade de crimes, etc.

Os policiais são a primeira categoria beneficiada com aumento salarial por Tarcísio de Freitas, que prometeu enviar até o fim do mês à Assembleia projetos de reajustes para os demais servidores públicos do estado.

A proposta, que agora passará por aprovação dentro da Assembleia, passará por três sessões ordinárias entre os deputados estaduais antes de análises nas comissões específicas da área. Só depois o texto será aprovado na íntegra, sofrerá alterações ou será rejeitado.

O SIPESP vai atuar, mais uma vez, de forma incisiva, para que essa proposta seja alterada nos termos mais justos para todos.

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