O SIPESP, legítimo representante dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo, vem a público externar a presente nota de REPÚDIO ao tratamento que a classe operacional da Polícia Civil do nosso Estado, especialmente os Investigadores de Polícia, vem recebendo dos responsáveis pelos estudos da nova Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Como todos sabem, um grupo de estudos foi criado, através da Portaria DGP nº 28/2023, para desenvolver o projeto da nova Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Porém, transcorridos meses da criação do citado grupo, não temos notícias sobre resultados efetivos dos estudos elaborados até o momento. Isto traz insegurança à toda classe operacional, especialmente aos Investigadores de Polícia, que temem sofrer prejuízos na carreira, no que tange direitos legitimamente conquistados ao longo da história. Para evitar desinformações, tivemos uma indicação, formulada pelo Deputado Estadual Reis, sob o nº 763/2024, devidamente publicada na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 22/02/2024, cujo objetivo é a indicação de um representante de cada carreira da polícia civil na composição do grupo de trabalho criado, para fortalecer os trabalhos e melhorar a comunicação.

Deste modo, o SIPESP, dirigiu um ofício sob o nº 04/2024, datado de 22/02/2024, ao presidente do Grupo de Trabalho, Delegado Geral Adjunto, Dr. Gilson Cezar Pereira da Silveira, em busca de um diálogo que pudesse agregar ideias em prol de toda a polícia civil, além de levar os anseios e preocupações da classe operacional, especialmente investigadores, com as possíveis mudanças que possam ocorrer com a nova Lei Orgânica. Em resposta ao ofício encaminhado, apesar de se colocar à disposição de um diálogo, não se manifestou em receber esta entidade classista para uma audiência, se limitando a informar que qualquer sugestão poderá ser encaminhado através de peticionamento eletrônico, conforme preceitua a própria Portaria DGP nº 28/2023.

Ora, enquanto entidade de classe, precisamos estreitar os diálogos e os debates, para que possamos avançar positivamente em favor de uma Polícia Civil mais forte e isto não se faz através de peticionamento eletrônico.

Não adianta receber entidades sem qualquer representatividade, demonstrando que é a favor do diálogo e fechar as portas para entidades que representam o maior número de policiais da classe operacional. Aliás, foi através deste tipo de tratamento, que foi desencadeada a greve de 2008, encabeçada pelo SIPESP, onde a classe operacional mostrou a sua força em busca de melhorias.

Repudiamos, veementemente, o tratamento recebido e vamos nos mobilizar, até que consigamos efetivamente participar da elaboração de um projeto que seja benéfico e justo à toda Polícia Civil.

Não podemos construir nada em favor da Polícia Civil, que não tenha a participação de todos.

Deste modo, tornamos pública a nossa indignação e convocamos todos os Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo a se mobilizarem, pois certamente, se nos mantivermos inertes, sofreremos por algo que podíamos ter evitado.

Teremos diversas oportunidades para tornar pública a nossa indignação, até que consigamos receber o tratamento que merecemos!!!

Fiquem atentos e participem! O SIPESP estará sempre junto com todos os Investigadores de Polícia!!!

Juntos somos mais Fortes!!!