Documento publicado pelo Fórum vai ao encontro das informações reveladas pela pesquisa anual realizada pelo SIPESP, o “Polícia Ideal x Polícia Real”

As remunerações de policiais civis e policiais penais no estado de São Paulo estão entre as mais baixas do Brasil, e isso não é nenhuma novidade para aqueles que estão acompanhando as denúncias e atuações do SIPESP.

Na pesquisa publicada nesta terça-feira (27 de fevereiro) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) é revelado que o salário bruto médio de um policial civil no Brasil é de R$ 13.342,36, considerando as carreiras de escrivão, investigador e delegado.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou, em nota, que a valorização dos salários das forças de segurança foi uma das prioridades da gestão e que, assim que tomou conhecimento da situação, propôs reajuste de 13% a 31% para as carreiras policiais. Confira:

A valorização dos salários das forças de segurança foi uma das prioridades da gestão. Assim que tomou conhecimento da situação, a pasta propôs um reajuste inédito de 13% a 31% para as carreiras policiais, o maior já feito em um primeiro ano de gestão da história. O objetivo do reajuste foi corrigir um déficit salarial herdado pela pasta, além de fomentar o ingresso na força policial, a manutenção na carreira e motivar a progressão. Outro reajuste foi feito no programa Atividade Delegada. Os policiais passaram a receber 20% a mais por participar do programa.

A pasta também investiu em concursos públicos para as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, com o objetivo de reduzir o déficit de efetivo que afeta as forças de segurança. Além disso, a gestão fez parcerias para melhorar a saúde do policial militar. Foi firmado um acordo para atendimento dos agentes de segurança no Centro Médico da Polícia Militar.

Os servidores da Secretaria de Administração Penitenciária tiveram reajuste acima da inflação em 2023, com 6% de aumento“.

Apesar do tom de positividade e pró-atividade do Governo, é importante lembrar como foi todo o processo e como o reajuste foi recebido pelas polícias. Confira as matérias nos links a seguir:

Representantes sindicais pedem 25% de aumento linear para toda a Polícia Civil – SIPESP

SIPESP pede apoio de deputados da segurança pública – SIPESP

Governo de São Paulo dá reajuste de 16,78% a 24,64% para investigadores de polícia – SIPESP

Sindicatos pregam por união das categorias da Polícia Civil – SIPESP

Tarcísio abre crise com Polícia Civil após privilegiar PMs com reajuste maior – SIPESP

Deputados Estaduais se mostram favoráveis a novo texto sobre reajuste das polícia – SIPESP

ALESP aprova, com 84 votos favoráveis, o Projeto de reajuste para as polícias – SIPESP

De acordo com o “Raio-X dos profissionais de segurança pública” (clique para ver), da FBSP, em 2023, a remuneração média nacional de um investigador foi de R$ 11.704,41; sendo que em São Paulo, investigadores receberam R$ 9.830,92 por mês, em média (o 7º pior salário do Brasil), valor menor que pago no Acre (R$ 9.890,39), em Minas Gerais (R$ 10.110,94) e no Rio Grande do Norte (R$ 10.353,97).

Os investigadores do Amazonas (R$ 21.831,49) receberam R$ 12 mil a mais (cerca de 86%) do que os paulistas.

“O que precisamos lembrar é que São Paulo é o Estado mais rico do País e essa tal riqueza ostentada pelo Governo não é demonstrada em termos de valorização da segurança pública e dos policiais que a compõem e são parte essencial para o bom funcionamento da justiça”, lamentou o presidente do SIPESP, João Batista Rebouças da Silva Neto. “Atualmente essa é a nossa luta e que precisa de força para conseguir ser sustentada e reconhecida por aqueles que têm nas mãos, na ponta da caneta, a autoridade de fazer tudo melhorar para nós e, consequentemente, para a sociedade”.

Polícia Ideal x Polícia Real

A pesquisa encabeçada pelo SIPESP visa reunir informações como as que são publicadas pelo FBSP e demais órgãos oficiais a fim de comparar dados.

Clique aqui e conheça o documento.

O documento pretende auxiliar as autoridades que encabeçam as lutas da Polícia Civil ao lado do SIPESP.

Com informações do G1.